sábado, 14 de janeiro de 2012

Intermináveis nevoeiros
êxtase primaverial sobre o meu incendiado estro
Recados de um lugar que não existe longe de ti  

eu
cercada de acordes impossíveis onde a alegoria lirica do contentamento
nasce 

tu
o milagre efémero
a revelação da imutável realidade que sacode
o mais alto
o mais fundo

nós
enamoramento
celeste existência do perene

Chama-se amor

Os teus dedos enrolam-se em torno de meu coração.
Tremo.
Sei da tua pele, do teu cheiro, dos teus olhos na penumbra da noite alta, da tua boca que dá forma à minha.
Estás ali. Aqui.

sempre

quinta-feira, 10 de março de 2011

Subtilmente

Hoje a  manhã surgiu do nada. Não houve noite nem sono. Só a manhã.
E subtilmente eu balançava no meu próprio corpo sem movimento visível como num instantâneo encontro com o sobressalto.
Não bastam as palavras de amor. Importante mesmo é expor. Partir da limpidez dos sentidos para a substância do tempo. Ou ser como o rumor do mar dentro de um búzio. Tu tens sido o nome de muitos espinhos, muitas angústias e lágrimas. Mas também o nome de milhares de estêlas e pradarias, de ritos coloridos, risos e ritos de alma.
Subtilmente a tua voz prolongava-se dentro de mim. No entanto era ausência.
Perdera-se.

Eu tecendo a manhã sabia que era o fim.

Não importa que o mundo acabe amanhã

Não importa nada mesmo.

Without

It doesn't care who I have been.
Who am I now?
Who have I decided to become?
This is a decision of my own.
This is something to make powerfully.
It's in a moment of decision that the destiny is shaped.

I know:
today is my first day of me without